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TEORIA COMPORTAMENTAL DA ADMINISTRAÇÃO

TEORIA COMPORTAMENTAL DA ADMINISTRAÇÃO

A Teoria Comportamental, apoiando-se de forma concisa nos estudos do comportamento do       indivíduo, tendo como base o Behaviorismo. Tem como tema mais fundamental a motivação humana, pois ao conhecerem as necessidades humanas, os administradores passam a compreender melhor a vida dentro das organizações.

De forma geral, o behaviorismo clássico contribuiu com a Administração, pois estudou o comportamento, fazendo a alusão de que o homem também é influenciado por condicionantes socialmente impostos. 

Saiba Mais

Behaviorismo

O Behaviorismo é uma área da Psicologia que estuda o comportamento humano. Os primeiros estudos são chamados de Behaviorismo clássico, que tinha a finalidade de prever todo o comportamento humano, para, possivelmente, controlá-lo. Os seus principais autores são Watson, Skiner e Pavlov.

O Psicólogo John Watson (1878-1958) foi o pioneiro nessa teoria, estudando principalmente o comportamento de bebês; ele afirma, por exemplo, que o medo é um comportamento aprendido pelos humanos. Watson chegou a essa conclusão em seus estudos, colocando animais (ratos) em contato com crianças com menos de um ano de idade, e as crianças não esboçavam medo ou qualquer reação de desagrado.

Em estudos sobre o comportamento condicionado com animais, os expoentes são Skinner e Pavlov. Skinner, em seus estudos, comprovou que o comportamento de animais (ratos, pombos...) podem ser condicionados por meio de estímulos externos. Os experimentos de Skinner eram realizados em uma caixa (apelidada de caixa de Skinner), na qual os animais recebiam água ou comida toda vez que executavam um movimento desejado pelo estudo. De certa forma, como exemplo, podemos relacionar o adestramento de cães ao comportamento condicionado, pois, em treinamento, os cães recebem estímulos quando realizam tarefas desejadas e sofrem punição quando o comportamento não é adequado.

Pavlov é outro autor sobre o comportamento condicionado. Seu estudo provou que a salivação dos cães pode ser estimulada pelo som que antecede a oferta de alimento. Após várias repetições de uma sequência: estímulo sonoro e oferta de alimento, o cão passou a salivar a partir do momento em que percebia o estímulo sonoro, antes mesmo de ver ou sentir o cheiro da comida.

Toda essa fase de estudos sobre o comportamento faz relação ao comportamento de pessoas, que podem ser condicionadas às empresas, às condições de trabalho e, de forma mais ampla, à sociedade. Embora a descrição das contribuições acima seja breve, qualquer desses autores e seus experimentos são facilmente encontrados em vídeos na internet.

 

Hierarquia das Necessidades

Dentro desse contexto, Abraham H. Maslow apresentou uma teoria da motivação segundo a qual as necessidades humanas estão dispostas em níveis, numa hierarquia de importância e influência. Nessa hierarquia das necessidades (Pirâmide de Maslow), encontram-se cinco níveis de necessidades: Fisiológicas, Segurança, Sociais, Estima e Autorrealização. Essas necessidades são divididas em primárias e secundárias.

Segundo a teoria de Maslow, somente quando um nível inferior de necessidades está satisfeito ou adequadamente atendido, nível imediatamente mais elevado surge no comportamento. Contudo, quando uma necessidade de nível mais baixo deixa de ser satisfeita, ela volta a predominar no comportamento, gerando tensão no organismo. 

Ela também afirma que cada pessoa possui sempre mais de uma motivação. Toda necessidade está intimamente ligada com o estado de satisfação ou insatisfação de outras necessidades. Seu efeito sobre o organismo é sempre global e nunca isolado.

Alem disso, destaca que qualquer frustração ou possibilidade de frustração de certas necessidades passa a ser considerada ameaça psicológica. Essa ameaça é que produz as reações gerais de emergência no comportamento humano.

Teoria dos Dois Fatores

A Teoria dos Dois Fatores, proposta por Frederick Herzberg, apresenta pontos de semelhança com a Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow. Ela está estruturada em dois fatores: os higiênicos, que podem levar à insatisfação, e fatores motivacionais, que podem levar o trabalhador à motivação.

Os fatores higiênicos (ou extrínsecos) estão relacionados ao salário, benefícios sociais, tipos de chefia, supervisão, condições físicas de trabalho e as políticas e diretrizes da empresa. Quando esses fatores são péssimos ou precários, eles provocam a insatisfação dos empregados. Porém, como são apenas satisfatórios, não podem levar à satisfação se atendidos. Apenas impedem a insatisfação.

Já os Fatores motivacionais (ou intrínseco) são os fatores relacionados com o conteúdo do cargo e com a natureza das tarefas que o trabalhador executa no seu típico dia de trabalho. Esses já estão sob o controle do próprio indivíduo, porque se relacionam com a sua tarefa, envolvendo sentimentos de crescimento profissional. O impacto dos fatores motivacionais sobre o comportamento das pessoas é muito profundo e estável, pois, quando são ótimos, provocam a satisfação, mas, quando são precários (não atendidos), não a alcançam, mas, também, não geram insatisfação.

Importante

Segundo Herzberg, o que motiva as pessoas no trabalho é o próprio trabalho em si. É gostar do que faz, pois quando a pessoa não gosta do que faz, mesmo que os fatores higiênicos estejam completos, ela não se sente motivada a trabalhar.

Portanto, para que o trabalhador continue sempre motivado, é necessário o “enriquecimento do cargo ou tarefa”, que significa ampliar o conteúdo dos cargos, transformando em tarefas complexas, para que o funcionário trabalhe sempre com desafios e possa ter satisfação profissional.

Para Herzberg, o salário é um fator higiênico, ou seja, não motivador, pois ele é necessário para a aquisição de suas necessidades básicas (comida, vestimenta, moradia...), e um trabalhador, quando não gosta de sua atividade, não ficará mais feliz (no desempenho de suas funções laborais) por receber um salário maior. Essa felicidade no trabalho somente seria conquistada com o prazer no desempenho das tarefas.

O ponto de encontro entre as teorias de Maslow e Herzberg é que os primeiros dois níveis da hierarquia das necessidades (fisiológicos e de segurança), são compatíveis com os fatores higiênicos de Herzberg, e os últimos três níveis (sociais, estima e autorrealização) se equivalem aos fatores motivacionais.

Estilos de Administração

A Teoria Comportamental procurou demonstrar a variedade de estilos de administração que podem estar à disposição do administrador. A administração das organizações em geral, e das empresas principalmente, está fortemente condicionada pelos estilos com que os administradores dirigem dentro delas o comportamento das pessoas.

Por sua vez, os estilos de administração dependem substancialmente das convicções que os administradores têm a respeito do comportamento humano dentro das organizações. Essas convicções moldam não apenas a maneira de conduzir as pessoas, mas, também, a maneira pela qual se divide o trabalho e a forma como são planejadas e organizadas as atividades. 

Estilos de Administração

A Teoria Comportamental procurou demonstrar a variedade de estilos de administração que podem estar à disposição do administrador. A administração das organizações em geral, e das empresas principalmente, está fortemente condicionada pelos estilos com que os administradores dirigem dentro delas o comportamento das pessoas.

Por sua vez, os estilos de administração dependem substancialmente das convicções que os administradores têm a respeito do comportamento humano dentro das organizações. Essas convicções moldam não apenas a maneira de conduzir as pessoas, mas, também, a maneira pela qual se divide o trabalho e a forma como são planejadas e organizadas as atividades. 

A Teoria X é baseada em convicções de baixa expectativa sobre o comportamento humano. Traz em si o ranço das teorias passadas, mecanicistas e tradicionais. A Teoria Y desenvolve um estilo de administração muito aberto e dinâmico, extremamente democrático, por meio do qual administrar é um processo de criar oportunidades, liberar potenciais, remover obstáculos, encorajar o crescimento individual e proporcionar orientação quanto a objetivos.

Segundo Douglas McGregor, a teoria Y é geralmente aplicada nas empresas por meio de um estilo de direção baseado em uma série de medidas inovadoras e humanistas, tais como descentralização das decisões e delegação de responsabilidades; ampliação do cargo para maior significado do trabalho; participação nas decisões mais altas e administração consultiva; e autoavaliação do desempenho.

Processo Decisório

A Teoria Comportamental concebe a organização como um sistema de decisões, ou seja, todas as pessoas dentro de uma organização, em todas as áreas de atividades, em todos os níveis hierárquicos e em todas as situações, estão continuamente tomando decisões relacionadas ou não com o seu trabalho. Essa teoria nasceu das ideias de Herbert Simon.

Segundo a sua teoria, a empresa deve ser encarada como um sistema de decisões em que o indivíduo é responsável pela tomada delas. Segundo ele, o planejamento é necessário a todos os níveis e é o substrato da racionalidade no comportamento administrativo.

Comportamento Organizacional

Comportamento Organizacional é o estudo do funcionamento e da dinâmica das organizações e como os grupos e os indivíduos se comportam dentro delas. Como a organização é um sistema cooperativo racional, ela somente pode alcançar seus objetivos se as pessoas que a compõem coordenarem seus esforços a fim de alcançar algo que individualmente jamais conseguiriam.

Assim, surge uma interação entre as pessoas e a organização, a que se dá o nome de processo de reciprocidade. A organização espera que as pessoas realizem suas tarefas e concede-lhes incentivos e recompensas, enquanto as pessoas oferecem suas atividades e trabalho esperando certas satisfações pessoais. A decisão de participar é parte essencial da teoria do equilíbrio organizacional.

O equilíbrio reflete o êxito da organização em remunerar seus participantes com quantias adequadas (sejam de dinheiro ou de satisfações não materiais) e motivá-los a continuarem fazendo parte da organização, garantindo, com isso, sua sobrevivência.

Novas propostas sobre liderança

A Teoria Comportamental discute sobre o lado humano da liderança. O ato de liderar é considerado uma habilidade que pode ser aprendida e desenvolvida. Seus estudos concluíram que os bons líderes têm em comum quatro competências vitais: gerência de atenção, gerência do significado, gerência da confiança e gerência de si próprio.

A liderança também pode ser classificada como liderança transacional e liderança transformadora, que querem dizer, respectivamente: liderar de forma eficiente, fazendo com que os subordinados recebam recompensas em troca de sua colaboração e, ao mesmo tempo, sejam valorizados; e liderar com a ideia de criar uma visão e ser seguida em direção a esta.

Além disso, é importante destacar algumas diferenças entre líderes e gerentes. Os líderes conquistam o contexto, enquanto os gerentes se rendem às condições do ambiente. Os líderes procuram falar sempre na primeira pessoa do plural, trabalham em equipe naturalmente e agrupam pessoas. No quadro a seguir estão algumas das diferenças entre o gerente e o líder.

ALGUMAS DIFERENÇAS ENTRE LÍDERES E GERENTES

Gerente

Líder

Administra

Inova

É uma cópia

É original

Mantém

Desenvolve

Concentra-se no sistema e na estrutura

Concentra-se nas pessoas

Baseia-se no controle

Inspira confiança

Visão de curto prazo

Perspectiva de longo prazo

Pergunta quando e como

O quê?  E por quê?

Olhar focado em resultados

Enxerga o horizonte

Aceita o status quo

Contesta

É o clássico bom soldado

É ele mesmo

Faz coisas corretamente

Faz a coisa certa

Uma breve análise dos principais pontos da Teoria Comportamental

A Teoria Comportamental apresenta maior valorização das pessoas em detrimento da dos aspectos relacionados à estrutura organizaciona. A abordagem dá ênfase às principais características do comportamento organizacional e realiza críticas de forma objetiva ao conceito autocrático das organizações. Para a Teoria Comportamental, os fenômenos humanos dentro da organização são compreendidos quando os comportamentos cognitivo-racionais são estudados em conjunto com os comportamentos afetivo-emocionais.

A Abordagem produziu as principais teorias da motivação e sofreu forte influência das Ciências do Comportamento sobre a Administração, já que precisa de um modelo de homem para explicar e justificar seus conceitos. Além disso, considera a organização como um sistema de decisões, pois trata dos efeitos formais sobre as tomadas de decisões, deixando de lado os processos interpessoais, não incluídos na organização formal. Uma forte crítica à Teoria Comportamental é sua visão tendenciosa. Já que não levou em conta as diferenças de personalidade das pessoas.

Sintetizando

O QUE APRENDEMOS NESTA ESTAÇÃO?

Durante o estudo da abordagem da Teoria Neoclássica, contemplamos seu surgimento e as ênfases nos princípios, prática, objetivos e resultados, perpassando os aspectos administrativos comuns a qualquer organização. Além disso, foi possível compreender a importância das posições funcionais hierárquicas fundamentais para atendimento do objetivo econômico.

Foi possível compreender que a Teoria Comportamental apoia-se de forma concisa nos estudos do comportamento do indivíduo e sua principal temática é a motivação humana. Já que ao conhecerem as necessidades humanas, os administradores passam a compreender melhor a vida dentro das organizações.

Além disso, conhecemos os estudos de Abraham Maslow sobre motivação. Nesse estudo, Maslow desenvolveu a hierarquia de necessidades humanas que estão divididas em necessidades primárias e secundárias.

Também tivemos a oportunidade de estudar a Teoria dos Dois Fatores de Herzberg, os estilos de administração, o processo decisório e o comportamento organizacional e os tipos de liderança.